O maior erro de carreira que um médico no Brasil comete é em relação ao inglês e ao fellowship. A medicina no exterior oferece muito mais possibilidades para um médico recém-formado comparado ao Brasil.

Enquanto um fellow no Brasil é pago pelo governo brasileiro e ganha os seus míseros 3 mil reais por mês nos Estados Unidos quem banca os fellowships são os hospitais e o salário inicial começa em 7 mil dólares o que gira em torno de 36 mil reais aqui, nada mal não?

Sem contar que o hospital geralmente tenta adequar a área nos hospital com algo próximo ao que você irá trabalhar no futuro e o hospital geralmente briga e oferece diversos benefícios aos melhores fellows, por que eles tem a intenção de te manter com eles.

Passando pela fase de “fellow ” e virando um especialista em Oncologia no Memorial Hospital você tem com salário base algo em torno de 20 mil dólares mensais, cerca de 110 mil reais no Brasil. Não sendo incomum conhecer colegas médicos que tiram até 80 mil dólares mês, cerca de 439 mil reais por mês. E o mais incrível é eu estou falando de médicos e não de médico empreendedor que tem hospital, clínica, diretor hospitalar ou algo assim.

Mas o que mantém todos esses médicos longe desse sonho americano?

Pois é o bendito do inglês que todo estudante de medicina rejeita, acha que já sabe ou diz que não tem tempo para o cursinho e para se aperfeiçoar. Esse mesmo inglês é o divisor de águas na carreira deles. 

Para conseguir fazer um fellow nos Estados Unidos ao invés do Brasil é preciso fazer a prova do USMLE para revalidação de diploma dividida em 3 etapas onde o seu conhecimento fresco de medicina após terminar ou nos anos finais da universidade são cruciais e o inglês é claro. Além da prova do OET for Doctors que irá comprovar sua proficiência no inglês médico.

A maioria dos jovens por desconhecimento do fellow no exterior ou por não levarem a sério entram cada dia em um mercado brasileiro onde a medicina acabou virando um cenário altamente competitivo devido a imensa oferta de médicos no mercado. 

Isso mesmo, existem mais médicos no Brasil do que na Índia, sendo que a Índia tem 5 vezes a população brasileira em tamanho, algo maluco não?

O Oceano Azul

Por que entrar nessa competição quando você pode estudar inglês desde o primeiro ano de medicina e ter oportunidades muito melhores de vida e trabalho nos Estados Unidos. E para aqueles que não gostam da América, ainda temos a Inglaterra, Canadá e Austrália como opção.

O inglês do médico no Brasil

A grande maioria não estudou o inglês como deveria e acaba não apenas perdendo oportunidades no Fellow, como também evitando happy hours com palestrantes importantes em simpósios, escrevendo artigos apenas em português, entre outras coisas.

E depois quando a carreira de algo deles dá errado acham que podem remediar tudo com um inglês básico para fazerem as provas para os Estados Unidos e Inglaterra.

Assim como a medicina o inglês demanda tempo, então quando mais cedo você começar melhor.